top of page
Agama 200x200.png
  • Foto do escritorNádia de Mello

Experiências de trocas


Photo by Becca McHaffie on Unsplash

Na minha adolescência, viajava bastante com as minhas amigas para a Região dos Lagos, no Rio (composto pelas cidades de Cabo Frio, Búzios, Arraial do Cabo, entre outras, todas conhecidas pelas suas praias). Era bem comum, à noite, quando íamos sair, rolar aqueles pitacos na roupa uma da outra e, com eles, os empréstimos de peças.


Nosso convívio era intenso, estudávamos no mesmo colégio que era integral e público (pegamos algumas boas greves, o que nos fazia muito sermos cias de nós mesmas, porque nosso calendário acabava sendo diferenciado por vezes). Com isso, também saíamos e escolhíamos juntas nossos looks. O troca-troca de roupa era comum também nessas ocasiões. E isso foi tão natural para gente que até hoje, quando temos algum evento, antes de pensar em comprar ou alugar, nos mandamos mensagem para saber se alguma teria para emprestar.


Na minha casa, eramos três mulheres (eu, minha irmã e minha mãe). Forçadamente, meu armário e da minha irmã se complementavam (na época, não gostava porque achava que ela não sabia cuidar direito das roupas, não tinham muito meu estilo e sentia que a coisa era unilateral). Com o tempo, passamos a vestir também o mesmo que a minha mãe e, assim, passamos a trocar roupas entre a gente (e aí, rola desde empréstimos a trocas).


Photo by Artem Beliaikin on Unsplash

Quando cheguei a São Paulo, acostumada a dividir as roupas, acabei criando esse hábito também com as duas amigas que morei junto (primeira casa, Sabina e Paula). Foi exatamente quando a moda sustentável se tornava pauta e surgiram alguns eventos de troca.


No entanto, não fui bem-sucedida nos dois que participei. Talvez tenha sido falta de sorte, mas levei peças que amava (mas já não combinavam comigo) e eram lindas e voltei com peças que ok, escolhi porque tinha de trocar. Minha amiga Sabina se deu bem em todos que participou, em contraponto. E trocou as roupas que não queria mais por outras que se tornaram as novas queridinhas.


Assim, como a Sabina, talvez tenho outras amigas que amam eventos de troca. Exatamente por ser uma forma de renovar o armário sem gastar um nada – o que me parece ser a melhor das hipóteses realmente até considerando em termos de consumo consciente.


Ainda prefiro as trocas com as minhas amigas e me convencendo a dar mais uma chance para os eventos. Mas incentivo a você experimentar, quem sabe, assim como minhas amigas, não possa ter mais sorte e fazer da troca uma nova forma de consumir roupa?


Então, se liga nesses quatro que separei (peço perdão são todos entre RJ-SP):

Trocaderia: são encontros de troca, não apenas de roupas, mas também acessórios (bolsas, cintos, sapatos), livros e, até mesmo, games.


Projeto Gaveta: surgiu em 2013, pelas amigas Giovanna Nader e Raquel Vitti Lino, é um dos pioneiros eventos de troca de roupas exatamente para fazer circular aquelas peças paradas.


App Roupa Livre: disponível gratuitamente para iOS e Android, o aplicativo do Roupa Livre, da Mari Pelli, possibilita a troca de peças entre pessoas próximas. Funciona como um tinder das roupas.


Trocaí: começou em 2015, por Damaris Adamucci e Giovana Cuginotti, com reuniões de amigos para vender ou trocar roupas que estavam paradas nos armários. Atualmente, são eventos abertos para diferentes públicos e segmentos.

1 visualização0 comentário
bottom of page