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Como valorizamos a mão de obra?




Na Ágama seguimos uma linha de raciocínio para a escolha de todas as nossas fornecedoras, seja pensando na criação e desenvolvimento de um produto ou seja para prestar algum serviço. Vou citar dois critérios fundamentais para contratação de mão de obra.

Negócios comandados por mulheres


Priorizamos empreendimentos liderados por mulheres, buscamos serviços em grupos nas redes sociais que indicam trabalhos feitos por mulheres ou indicações de amigas mesmo. Muitas pessoas podem não entender porque damos prioridade para mulheres, então vou explicar.


Hoje muitas mulheres no Brasil sustentam suas famílias, trabalham em diferentes áreas do mercado e possuem os próprios planos de carreira. Além disso, elas estão sempre em busca de mais qualificação para conseguir vagas de emprego melhores e com mais benefícios. Mas alguns problemas ainda fazem parte da realidade das mulheres no mercado de trabalho e você precisa conhecê-los.


  • Pagar salários diferentes para homens e mulheres que ocupam um mesmo cargo em uma empresa é proibido por lei. Infelizmente, isso não é suficiente para acabar com a desigualdade salarial, ainda relacionada a vários preconceitos. Para você ter uma ideia, em 2018, o rendimento médio das mulheres com emprego foi 20,5% menor do que o dos homens. Isso sem comparar os cargos ocupados por ambos.

  • Embora as mulheres tenham passado a ter trabalhos remunerados, isso não as isentou do trabalho doméstico. Afinal, geralmente somos nós as responsáveis por limpar a casa, lavar as roupas, cuidar dos filhos etc.


  • De acordo com pesquisa do IBGE, as mulheres gastam o dobro de tempo dos homens em atividades domésticas. Enquanto eles gastam em média 10,9 horas por semana, as mulheres gastam 21,3 horas.Sendo assim, temos uma jornada dupla de trabalho. Depois de chegar do serviço, ainda precisamos dedicar mais horas do dia às tarefas de casa, além de terem uma responsabilidade maior em obrigações de cuidado do dia a dia.

  • Tanto que isso é o que justifica parte da desigualdade salarial. Mesmo já sendo maioria em algumas profissões, os homens ainda dominam os cargos mais altos. Ainda de acordo com o IBGE, apenas 41,8% dos cargos gerenciais são ocupados por mulheres.


É impossível fechar os olhos para a importância da participação feminina. Aqui, não se trata apenas de diminuir a desigualdade – que é fundamental para as sociedades – mas também de contribuir para a expansão da economia global.


Em uma reunião do G20, grupo do qual o Brasil faz parte, foi estabelecida metas para a redução da desigualdade de gênero nas maiores economias do mundo. Até 2025, o Brasil precisa reduzir a diferença entre homens e mulheres em 25%. Se todos baterem a meta, quase 190 milhões de mulheres vão passar a fazer parte do mercado de trabalho. Sobretudo, a estimativa é de que 5,8 trilhões de dólares seriam injetados na economia mundial.


Ainda que leve um tempo para superar todos os desafios da desigualdade, estamos ganhando espaço graças aos nossos esforços. Grande parte das conquistas das mulheres no mercado de trabalho está ligada ao maior nível da nossa qualificação. Por isso, não deixe de continuar a investir na sua educação para voar cada vez mais alto.


Empreendimentos periféricos


Quase que na mesma ordem de prioridade preferimos fornecedoras que estejam na periferia, de preferência no Jaraguá que é onde estamos, pensando até no movimento da economia local.


Há diversos obstáculos para se empreender na periferia, como a falta de capital, de formação educacional voltada à gestão e de oportunidade de aperfeiçoamento profissional. Mesmo assim, empreendedoras das quebradas e iniciativas que os apoiam, estão mudando cenários e ajudando a criar um novo conceito em relação e esses estabelecimentos.


De acordo com a pesquisa “Favelas e Periferias: desafios e oportunidades no Brasil de verdade” apresentada por Renato Meirelles do Instituto Data Favela, a renda média brasileira é de R$ 3,9 mil mensais. Apenas os 5% mais ricos têm renda familiar superior a R$ 11,5 mil por mês. “A renda concentrada é um dos motivos de a favela existir”, afirmou.


Mas apesar dessas dificuldades, as classes C, D e E, que são maioria nas favelas e periferias, representam 165 milhões de brasileiros — e movimentam cerca de R$ 1,7 trilhão de massa de renda. “Eles são a maioria do mercado e não existe líder de venda que não esteja próximo desse público”, afirmou Meirelles. Ainda assim, por conta de questões logísticas, o valor do produto geralmente chega mais caro nesses locais, o que gera ainda mais desigualdade.


"Para o morador de favela, crise não é exceção, crise é regra. Essas pessoas cresceram tendo que aprender a se virar” Renato Meirelles, Instituto Data Favela


Infelizmente nem tudo encontramos seguindo esses critérios, sinto muita falta de uma organização séria atuando no bairro onde moro, vejo outras comunidades mais unidas como em Heliópolis, por exemplo onde moradores dão forças uns aos outros.


Quem sabe um dia eu possa tomar frente de um projeto parecido né?


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