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Fashion Revolution | Onde sua bolsa foi feita?

  • Foto do escritor: Ágama
    Ágama
  • 22 de abr. de 2020
  • 2 min de leitura

Sabemos que muitos objetos de moda são confeccionadas com mão de obra que caracteriza trabalho análogo à escravidão. Li o texto da @barbarapoerner que o @fashio_rev_brasil postou uns dias atrás que questionava a vida de quem faz o que vestimos e esse texto diz muito sobre o que penso, veja um trecho:

"Quando falamos de moda, falamos de milhões de histórias que se concretizam por meio dela. Todas as etapas têm, inevitavelmente, a atuação humana.

Quando nos damos conta disso, vemos como cada pessoa dedica parte de seu tempo e sua vida para produzir uma peça de roupa. Muitos saem de casa, deixam família, moram em outra cidade, estudam, pensam em soluções, resolvem problemas, sonham, vislumbram e se desenvolvem a partir da moda real do chão de fábrica.

Então se nossas roupas são produzidas com tanto da vida de tantos, por que as descartamos tão fácil? Não estaríamos então menosprezando tanta vida que reside ali, nelas? Ou ainda, quando condicionamos e degradamos a vida de outro alguém para produzir, não estamos perdendo nossa humanidade?

É que as roupas não vestem só a nossa vida, mas também a de tantas outras que a fizeram chegar até nós. Então é preciso garantir que todas sejam possíveis de serem vividas, na sua integridade e plenitude. A indústria, o empresariado e o governo também tem responsabilidade de garantir essas condições pois são protagonistas neste cenário.

Afinal, não pode a moda ser uma ferramenta de emancipação, de sonhos, de realizações? Uma moda que cative, que ao invés de excluir traga para perto? Acreditamos que sim, vibramos que sim. Que celebremos o milagre da vida que existe por trás de cada peça de roupa que vestimos.”


No texto ela fala sobre roupas, mas podemos considerar outros objetos também, no nosso caso produzimos bolsas e a lógica é a mesma.


Nossas bolsas são pensadas e projetadas no nosso ateliê que fica no Jaraguá periferia de São Paulo, o ateliê é pequeno e fica na parte de cima da minha casa, mas 90% do que produzimos é feito no ateliê da Edna (falamos dela no post de ontem).



Parede de entrada do atelie

Por mais de cinco anos a Ágama foi a minha única fonte de renda, sei dos privilégios que tenho por poder ter vivido tanto tempo só gerindo meu negócio, como microempreendedora tenho a autonomia para escolher um ateliê onde conheço pessoalmente a história de vida das fundadoras e o ambiente de trabalho delas, mas isso não acontece com todas as costureiras e profissionais dessa cadeia produtiva. Em muitos lugares as condições de trabalhos são precárias chegando ao ponto de imigrantes trabalharem e morarem no mesmo local.


Por isso questione aquela marca de roupa que você gosta tanto, a fabricante daquele sapato descolado e acompanhe se eles respondem com transparência e verdade em quais condições aqueles produtos foram feitos.


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