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  • Foto do escritorRoberta Pavão

A Revolução da Moda


Por acaso, você já se fez essa pergunta?


O Fashion Revolution, que acontece entre os dias 20 e 26 de abril, vem para discutir esse tema! Trata-se de um movimento mundial que visa chamar a atenção e conscientizar as pessoas, sobre o verdadeiro custo e impactos da indústria da moda. Impactos que nós consumidores não percebemos, e, inclui toda a cadeia: desde a obtenção da fibra têxtil para a confecção de uma peça de roupa, passando pela sua chegada nas lojas até o seu descarte.


Em abril, a campanha chega na sua sétima edição, e o mês escolhido, surgiu por conta da queda do edifício Rana Plaza, em Bangladesh, em 24 de abril de 2013, matando 1.133 trabalhadores do setor têxtil – a maioria era mulheres – e ferindo outras 2.500, considerado a maior tragédia da indústria da moda de todos os tempos. O edifício de oito andares, abrigava uma confecção de roupas, onde os funcionários terceirizados trabalhavam em condições análogas à escravidão, recebendo até U$ 2,00 por dia trabalhado. As roupas que eram produzidas por eles abasteciam as maiores redes de fast fashion do mundo.

Fundada por um grupo misto, o Fashion Revolution, é composto por empresas de moda sustentável, ativistas e acadêmicos, onde o propósito é reconectar os consumidores a quem faz suas roupas, passando pelo costureiro, até o produtor da fibra que é utilizada na produção do tecido.


A indústria da moda vem mudando rapidamente, e esse ritmo aumentou nas últimas décadas. Para se ter uma ideia, até a década de 60, os Estados Unidos produziam 95% dos itens de vestuário que consumiam, e hoje, não chega a 3% - toda produção está concentrada em países do terceiro mundo. A relação que o consumidor tem com a roupa, também mudou muito: antigamente uma peça era feita para durar o máximo de tempo possível, pois era um item caro. Mas nos últimos anos, houve o barateamento e diminuição na qualidade desses itens. O surgimento do fast fashion, que se caracteriza, principalmente, pela velocidade em que a roupa chega nas araras.

Para atender a essa demanda, a produção de têxteis foi realocada para países com custo de produção mais baixo, ou seja, países que não possuem leis trabalhistas e ambientais, e que tem sua economia pouco desenvolvida, como por exemplo, Bangladesh.


É importante, que além de nos questionarmos sobre “Quem fez suas roupas?”, pensarmos também “Onde tudo isso vai parar?” Pois, por se tratar de itens de baixa qualidade e durabilidade, também aumentamos a produção de lixo com esses itens que são extremamente descartáveis, e as ações de reciclagem e reaproveitamento dessas peças, ainda não são tão rápidos quanto a produção da moda “fast”.


Pensando em “Onde tudo isso vai parar”, diversas marcas de moda aqui no Brasil, assim como a Ágama, tem no seu DNA o upcycling! O upcycling, nada mais que, que um processo de criar algo interessante e inovador, aproveitando de materiais que já existiam e que iriam diretamente para o descarte.


O Brasil também aderiu ao movimento do Fashion Revolution, já na primeira edição, e para 2020, devido a pandemia que assola o mudo, os eventos serão todos online! Em sua agenda há diversas ações acontecendo por todo o país. É possível encontrar diversas rodas de conversa, sobre o tema, além de oficinas que orientam sobre trabalhos manuais e como transformar uma peça de roupa, que já não é tão interessante, numa nova roupa!


Aproveito para convidar a assistir ao vídeo produzido em uma intervenção urbana, que proporcionou a experiência para as pessoas questionarem de onde as roupas que compram vem, e qual impacto social e ambiental pode existir por trás, “Fashion Experience: o outro lado da moeda”, foi produzido pelo Fashion Revolution Brasil e a ONG 27 Milion Brasil, em parceria com o Ministério Público do Trabalho.



Para saber mais sobre: o projeto, os eventos, rodas de conversas e workshops, acesse as redes do movimento Facebook e Instagram

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