Estamos vivendo um momento único na história onde o mundo online [ainda novo] nunca foi tão requisitado, bem visto e admirado como agora.
Na esteira desse desejo, resolvi gerar insights para você criar seu curso online e esse é o segundo post sobre isso [eba!]
Recapitulando...
No primeiro post, falei sobre como começar seu curso, ou seja, como impulsionar suas ideias a partir do levantamento de assuntos, temas e subtemas que você realmente gosta e tem propriedade para falar.
Sugeri também você vasculhar referências de cursos, considerando sua concorrência direta [aqueles que estão falando do mesmo tema que você], sua concorrência indireta [aqueles que propõem soluções diferentes para o mesmo problema] e por fim, outras referências – as suas musas inspiradoras - [que são profissionais, artistas, empresas que te inspiram mesmo].
A ideia é identificar como eles constroem a página do curso, quais itens que estão presentes na descrição. Levante os itens obrigatórios, aquilo que tem em todo curso e que normalmente respondem as perguntas o que é, quem faz, como é, quando é, quanto é, quais resultados ou benefícios.
Além disso, é importante perceber como eles constroem a comunicação da oferta/curso, como eles guiam a atenção para tornar esse produto atraente para aluno/consumidor. Quais as palavras chave que eles usam para falar desse tema e quais as expressões que você acredita que são quase exclusivas desse curso, marca ou profissional.
O ANALGÉSICO
No mundo do empreendedorismo, os serviços ou os produtos são normalmente criados para atender uma dor ou para aprimorar um desejo OU habilidade OU comportamento.
E para quem está no começo, é importante que esse serviço ou produto responda a uma dor – isto é, seja uma solução que atue como um Analgésico [ou Morfina] - sim, é assim que chamamos mesmo!
Agora, pense comigo: é bem habitual buscarmos um médico quando estamos com uma dor específica OU procurarmos um cabeleireiro quando estamos nos sentindo feios [dor] OU buscamos empréstimo quando estamos sem dinheiro [dor] e assim vai...
Direcionamos nossa atenção para o que incomoda, para o que está latejando.
Afinal, se está tudo bem, para que se importar, né? Apesar de eu não achar isso saudável para mim [e nem para ninguém], eu já me peguei várias vezes pensando e agindo dessa forma [e estou tentando mudar].
Isso acontece porque diante desse mundo atual - cheio de informação, competitivo e sem tempo, é muito automático e fácil tomar decisões orientadas por aquilo que incomoda, que frustra, que não satisfaz, ou seja, pela dor.
Estamos sempre buscando eliminar nosso sofrimento [e daqueles que estão ao nosso redor].
QUAL A DOR QUE SEU CURSO ONLINE ELIMINA?
Para um momento, reflita e escreva qual a dor ou o incomodo que seu curso online se propõe a solucionar, liste sem julgar e somente depois, revise.
Veja agora os cursos-referência que você pesquisou, repare que eles sempre respondem a uma dor, a uma frustração que está latente em algumas pessoas. Você consegue identificar qual é a dor, sensação e sentimento? Investigue, de verdade!
Se está difícil esse processo de reconhecer e escrever, comece pela sua experiência de vida no tema escolhido. Muito provavelmente, você já teve essa dor e a solucionou, ou vem enfrentando isso e de certa forma já vivenciou algum estágio de superação. Faz sentido isso para você?
Para mim faz e muito!
Nossas criações são resultado da nossa experiência, trajetória, vivencia. Ao longo da vida, construímos um repertório que é só nosso, é único e exclusivamente individual. Ninguém sente, entende e percebe o mundo como você.
Voltando a dor que seu curso responde... Tente sintetizar e organizar melhor o seu aprendizado. Consegue estabelecer o que você era antes e depois dessa batalha que enfrentou? Crie frases que relacione a dor com sentimentos e sensações.
A DOR QUE NOS CONECTA
Apesar da dor e da alegria serem relativas e pessoais, será que só você que pensa e sente dessa forma? Ou essa dor ou problema são percebidos por outras pessoas também?
Normalmente nossas dores são partilhadas com outras pessoas, SIM. Nossos sentimentos tem pares [ou melhor, milhares], mas o único jeito de saber isso é arregaçando as mangas e fazendo pesquisa.
Você pode conversar com seus familiares, amigos e colegas, entrevistar seus alunos ou clientes [se você tiver] e até mesmo investigar os comentários de pessoas nas redes sociais de seus concorrentes. Identifique como eles expressam e verbalizam essa dor, esse incomodo, essas frustrações [tudo isso em relação ao seu tema, ok?].
Lembre-se que todos nós usamos as palavras para nos expressarmos, essa língua-signo é comum, nos une e nos conecta, nos coloca em pé de igualdade [uns diante dos outros], então aproveite isso para se conectar! E claro, para entender a realidade do outro e o que está por trás desse sofrimento.
E DEPOIS?
Essa investigação intensa contribuirá para que você crie um produto ou um serviço que se destaque no meio da multidão de ofertas, atraindo e conectando as pessoas certas [que precisam do seu serviço ou produto e que enxergam valor nisso].
Afinal, o seu curso resolve um problema concreto na vida das pessoas [que pode estar ligado à uma falta de organização, de dinheiro, de autoestima, de confiança, de conhecimento técnico, de inteligência emocional e por ai vai].
E ai?
O que achou desse texto?
Essa abordagem te abriu caminhos, te motivou a ir lá e fazer?
Conte-me aqui nos comentários.
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Obrigada,
Bianca Giudici
Veja o primeiro post - Curso Online: por onde começar