top of page
Agama 200x200.png
  • Foto do escritorMaria Lucia

Auto Conhecimento


Desde que me mudei de São Paulo para o Rio Grande do Norte, tendo vindo morar na região da grande Natal, exatamente em Pium, distrito rural de Nizia Floresta (educadora, escritora, poetisa e pioneira do feminismo no Brasil), que me questiono as razões que me trouxeram até aqui. As razões verdadeiras e não as hipotéticas. As razões determinadas pela alma. Porque existe isto, sabia?


Voltar a trabalhar em algo que juramos nunca mais querer fazer é uma razão causada pela necessidade, uma razão racional, perdoar aquela pessoa que nos traiu, dando um novo voto de confiança, é uma razão bem própria do coração, ou seja, da emoção! E quando tudo que parece ter nos levado a um lugar ou situação não faz o menor sentido? Quando todas as razões são impensáveis, ou inacreditáveis, e você esta sempre com aquela pergunta: o que eu vim fazer aqui? Como vim parar aqui? É uma pergunta sem resposta, ou com respostas que nunca satisfazem.


Nestes quase três anos tenho me feito esta pergunta. Algumas coisas que aconteceram me deixaram bem perto da resposta, mas sou muito cética, muito parecida com São Tomé. As vezes as respostas são esfregadas na minha cara e eu não as vejo. mas cada vez mais acredito que vim parar aqui, longe de tudo e de todos que amo, para um mergulho e um encontro profundo com minha espiritualidade. Era necessário este isolamento, este afastamento de afetos, de abraços queridos, de sons familiares para que eu olhasse bem profundamente dentro de mim, e enxergasse aquilo que só com os olhos do coração conseguimos perceber.


No silencio de minha solidão consegui ouvir o lamento de minha alma, e entender finalmente que vim para aqui, para me conhecer.

0 visualização0 comentário
bottom of page