E ele bateu as asas e se foi
- Maria Lucia
- 23 de nov. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 24 de nov. de 2019

Este não é um sábado legal, e amanhã também não será um domingo legal, a banheira daqui esta mais vazia, e a do céu mais cheia.
É estranho como algumas mortes de celebridades nos abalam, parece que elas (as celebridades) são imortais, sendo que mitos não foram feitos para morrer, sobretudo aqueles que fazem parte de nossa juventude. Eles são a mais pura representação de imortalidade.
Nunca fui super fã de Gugu Liberato ou daquelas que não perdia um programa, ou até mesmo que se descabelaria por um autografo, mas gostava dele, muito! Gostava da sua origem humilde e da própria humildade que conservou ao longo dos anos, gostava do sorriso simplório, agradável, carismático, gostava da companhia dele aos domingos. Foi um apresentador que ousou, explorou da sensualidade das roupas molhadas, da dancinha da garrafa, cativou um publico carente, não lhes deu cultura, mas deu diversão, afinal o que se quer num domingo a tarde, quando a segunda de batente espreita, a não ser diversão, ainda que no conforto do sofá da sala?
Gugu morreu jovem e de uma forma estupida, num acidente que podia ter sido evitado, assim como todos os acidentes se a morte não estivesse tão perto e interessada no resultado! Talvez isto também me abale. Algo me alegra nisto tudo o senhor Antonio Augusto de Moraes Liberato permanecerá vivo e permitirá a muitos outros que possam ter juntamente com suas famílias domingos legais, muita dança e muitos banhos de banheira, como resultado da doação de seus órgãos.
E o Gugu? Este também não morre, é ídolo, e os ídolos de verdade não morrem, a gente os carrega vivos na memória e no coração.
Que seu voo seja leve em rumo ao infinito, como um pintinho batendo suas asas amarelinhas.
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