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  • Foto do escritorNádia de Mello

(Meu) Encontro com a sustentabilidade



Crédito: NeONBRAND on Unsplash

Muito se fala sobre as questões climáticas e como devemos repensar nossa forma de vida e como ela está “acabando” com outras formas de vida do planeta – e talvez até a nossa. Vemos em notícias e manchetes acordos feitos por países a fim de diminuir nossos impactos em toda essa situação para, quem sabe, revertê-la.


Pensando neste macro é, muitas vezes, difícil pensar na questão da sustentabilidade para nossas vidas, eu mesma, por exemplo, só comecei a me atentar para a questão após minha mudança para São Paulo, há quatro anos.


Foi na selva de pedras que me encontrei dentro da moda sustentável. Foram dois fatores iniciais que me fizeram caminhar para isso:


1) Em São Paulo, a vida é um corre. Brinco que se a gente não se cuidar, a cidade nos engole. O que quero dizer é que entramos fácil no automático. Aqui talvez mais do que em outros lugares. Busquei por coisas que me se aproximavam da minha vida na cidade natal, entre elas, o contato com a natureza, alimentos mais naturais e orgânicos e exercícios ao ar livre.


Conforme me aproximava deste mundo mais “natural” em SP, fui descobrindo sobre sustentabilidade. Talvez tenha me sentido mais convidada a saber mais sobre os cuidados com o mundo porque só aqui me vi diante da situação de que se quero um viver mais harmonizado preciso fazer a minha parte.


2) Com pouco mais de seis meses da mudança, fui voluntária em uma ação do Fashion Revolution – a primeira no país. Ela se consistia em um contêiner (estilo loja) montado na Av. Paulista, uma das mais conhecidas de SP. Na vitrine, roupas com preços baixíssimos, no interior, um primeiro espaço com os problemas (sociais e ambientais da indústria da moda) seguido por uma sala com informações de uma moda mais sustentável.



Crédito: Laura Mitulla on Unsplash

Confesso que no primeiro momento, pensava apenas nas questões ambientais e sociais.

Qual o custo para o meio ambiente na produção de roupa? Como se pode produzir a minimizar esse custo? Quais são as condições de quem trabalha na indústria?


Com o tempo, aprendi sobre um tão falado tripé sustentável, que considera o ambiental, o social e o econômico. Porque ser sustentável também significa que o negócio precisa se auto sustentar. Assim, de nada adianta ter uma marca que preze pelo meio ambiente e em quem nela trabalha se ela não consegue gerar dinheiro o suficiente para existir.


No início do ano, fiz o curso Fashion and Sustainability: Understanding Luxury Fashion in a Changing World, no Future Learn – curso desenvolvido pelo London College of Fashion e a holding Kering (que detém as marcas Gucci, Balenciaga, Puma, Yves Saint Laurent) considera-se quatro aspectos, além dos três já citados, também o cultural.


O que é interessantíssimo, mas ainda entendendo como funciona dentro de um todo. Embora muito se fala sobre sustentabilidade, ainda estamos (nós, humanos) aprendendo a como mudar uma história em que não se preocupava com o impacto que causávamos no mundo.


Tudo isso muito me lembrou um curso que fiz em 2016 quando pesquisava e ainda “engatinhava” no tema, ministrado pela Mari Pelli, do Roupa Livre. No Futuro da Moda, a Mari falou muito sobre uma visão biocêntrica, que significa admitir que estamos todos integrados e fazemos parte. Considerar isso já é começar a pensar em sustentabilidade e no cuidado com nós e com o mundo.

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