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  • Foto do escritorRomila Marques

Upcycling: a moda que renova

Sabe aqueles retalhos que sobram após o corte de uma peça? Eles formam um volume de resíduos muito grande. Uma confecção pode chegar a desperdiçar até 20% dos tecidos, mesmo com uma produção altamente eficiente. Segundo a ONU, o Brasil descarta cerca de 175 mil toneladas de sobras têxteis por ano e apenas 15% são reaproveitadas. Dependendo da composição do tecido, ele pode demorar anos para se decompor e intoxicar o solo e a água.


Por bastante tempo, essas sobras eram descartadas sem que houvesse um reaproveitamento. O desperdício foi reduzido quando muitas indústrias passaram a utilizar os resíduos do setor têxtil para criar novos itens, reutilizando de forma sustentável essa matéria-prima que seria normalmente rejeitada. Inspiradas nesse processo conhecido como Upcycling, algumas marcas estão desafiando a criatividade e desenvolvendo peças de roupas com esses retalhos.

Coleção da Farm 2018 em parceria com a Re-Roupa (Foto: Reprodução)

Upcycling é uma nova forma de reuso daquilo que você achava que não tinha mais utilidade. É aproveitar algo sem valor comercial que seria descartado e transformá-lo em algo novo. Então você logo pensa: “Mas não seria o mesmo que reciclagem?” A resposta é: não. Upcycling não é a mesma coisa que reciclagem, na verdade é algo como uma evolução em cima do conceito de reaproveitamento, da continuidade do ciclo de vida do produto. Porém, um não invalida o outro e ambos tem como objetivo tornar o planeta mais sustentável.

No processo de reciclagem, existe uma maneira de seguir o ciclo do material, prolongando o mesmo, mas o processo em si envolve produtos químicos. Já no processo de Upcycling, não. Quando falamos de ressignificação de algo que aparentemente não tem mais valor, estamos falando da reutilização de um material que se tornaria lixo, aproveitando suas propriedades originais, sem a necessidade de intervenções químicas. Além de representar uma alternativa com custo mais baixo.

A Ágama é uma das lojas que abraçaram o Upcycling. Desde o início, sempre reutilizaram tecidos descartados pela indústria, que ainda estavam em bom estado, como matéria-prima principal para criação das bolsas. Hoje, 100% dos tecidos vem do Banco de Tecido – que é uma loja onde todos os tecidos são sobras de ateliês, confecções e fábricas. Lá, você pode depositar seus tecidos, sacar outros em troca ou comprar a quantidade que você precisa. Além do preço, a vantagem é que o acervo conta com tecidos exclusivos e antigos, que não podem ser encontrados no comércio tradicional. Isso é o que faz as peças da Ágama serem únicas.

Bolsa Isadora | Coleção Urbe (Foto: Reprodução)

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